Poema de amor matutino
Francine Figueiredo
Amor todos querem
Amar poucos sabem
Dor todos sentem
Ninguém a abandona
Babel de sonhos
desfeitos
E costurados nos
travesseiros
De lágrimas e suores
noturnos
A tarde tudo esquece
Em meio ao burburinho
Ouço o discurso
baixinho
Da voz falsamente
generosa
É um vampiro de cara
nova
À tarde o coração
aperta
À noite o espírito se
aquieta
Mas é tudo fantasia
Que se desfaz na
penumbra
Ao primeiro raio de luz
dourada
É esta que me salva!
Ah, manhã mãezinha!
Foi você que me trouxe
de volta
A menina, a mulher que
maravilha!