sexta-feira, 13 de março de 2015


Lapso

À luz do dia, vou a lugares que você não conhece
São os lugares meus, recentes ou antigos,
Visitados pelos meus pensamentos de você
Mas só porque são meus, não deixam de ser seus também
Ora visitados pelas minhas lembranças de nós

À noite, a solidão é maior
Tenho vontade de conversar com você
Como fazíamos quando o resto das horas era só nosso
Escrevo versos na tentativa de alcançá-lo
Sigo seus passos para ver se encontro com você de novo

Caminho perdida na escuridão da sua ausência
Minha vida parece ter-se tornado um filme preto e branco
Que só repete cenas amareladas de um passado que não volta
Sinto-me abatida e cansada de altos e baixos
Sonhos de futuro não me consolam a tristeza

Os dias e as noites passam devagar
Nesse hábito cotidiano de relembrar e reviver
E é neles que deposito esperanças de novas alegrias, beijos e festas
Dias e noites que sejam tão coloridos como os nossos foram
Se não é possível recuperar o que nunca tivemos
É hora de conquistar o que sempre almejamos.

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